(entre)tempos

Ana Cris Rosa
Carolina Forleo
Débora Raya
Eduarda Renaux
Everson de Andrade
Hélio Mattos Jr.
Kelly Saraiva
Lídice Salgot
Lucia Adverse
Luciane Kunde Borges
Priscila Asche

ancestralidade. memória. tempo. pausa. retorno ao que é essencial. original. primitivo. o que poderia nos ensinar os antigos construtores? ou a antiga maneira de fazer livros, produzir imagens, esculpir, se alimentar, morar, fazer arte? horizonte de significados. cultura dos povos. diante da velocidade, o anseio por um encontro mais profundo conosco. história. identidade. comunicação. toda imagem é uma escrita no mundo. todo objeto também. linguagem. teia complexa de conexões. herança que transcende as fronteiras do tempo e nos conecta às experiências, histórias e culturas dos nossos antepassados.

a exposição (entre)tempos propõe uma reflexão profunda sobre o tema por meio de trabalhos que habitam uma relação subjetiva do fazer artístico e seus múltiplos modos de ver e sentir. os livros apresentados ultrapassam fronteiras, radicalizam a forma e alteram a percepção. não é tão simples ver. livros que refletem o indivíduo e sua singularidade. o significado deixa de estar encarcerado em uma única resposta para tornar-se amplo e complexo. para ver é preciso entrega.

finalizamos esse percurso de 2023 agradecendo a cumplicidade e confiança de cada participante, e celebrando a possibilidade de encarar o fazer artístico em sua inteira complexidade.

Leandro Gutum, Ana Francotti, Estela Vilela
– janeiro de 2024

Conversas com convidados especiais:

→ Canal Youtube Dobras de Si
23.01.24 terça-feira – 19h – Gilberto Tomé
24.01.24 quarta-feira – 19h – Letícia Lampert
25.01.24
quinta-feira – 19h – Marina Feldhues

Exposição presencial:
→ Lovely House
abertura: 27 de janeiro de 2024 – sábado, das 14h às 18h
visitação: 30 de janeiro a 10 de fevereiro – terça a sábado, das 11h às 18h
Galeria Metropole, sala 30, primeiro andar
Av. São Luís, 187, República, São Paulo, SP

Escripta

Ana Cris Rosa

“Há entre as pedras e as almas
Afinidades tão raras
Como vou dizer?
Elas têm cheiro de gente
Queira ou não queira se sente
Têm esse poder
Pedra e homem comovem
Sobem e descem e somem
E ninguém sabe bem
O homem desce dos céus
E a pedra nasce de Deus
Que tudo contém”
(Trecho da música Granito – de João Bosco e Antonio Cícero)

Na busca da ancestralidade do objeto `livro` surgiu Escripta, livro-objeto que convida a esse retorno às origens das formas de registro humano de sua história e necessidade de comunicação, usando, para tanto, a escrita assêmica sobre blocos de rocha.

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Sobre a autora
Paulistana, nascida em 1963, formada em psicologia pela PUC/SP, busca, desde 2018, novos caminhos de expressão / comunicação por meio de linguagens artísticas, entre elas os livros de artista e livros-objeto.

@rosa6923

rariver

Carolina Forleo

rariver brinca com a ideia de que a memória é como um caleidoscópio. Fotografias de viagem e de família são fragmentadas e recombinadas em uma estrutura que pede uma interação. Abrir, fechar, expandir, comprimir, levantar, girar, virar e revirar. O livro, feito para caber nas mãos, pode ser explorado através de diferentes gestos e movimentos. Lineares e circulares. Como um jogo lúdico e colorido, provoca surpresas. Reinventa lembranças. Cria possibilidades.

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Especificações técnicas
Medidas aproximadas:
Caixa: 7 x 7,5 x 7 cm
Folha solta com texto: 10,5 x 10,5 cm
Estrutura fechada: 5,5 x 5,5 x 5,5 cm
Estrutura aberta (linear): 8,5 x 53 x 5,5 cm
Estrutura aberta (circular): 7,5 x 17 x 17
Materiais:
Markatto stile bianco 170g
Color plus los angeles 240g
Strathmore tracing paper 41g
Manta magnética 0,8mm
Impressão: jato de tinta

Sobre a autora
Artista em construção. Pesquisadora em formação. Atualmente, é doutoranda no programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da ECA/USP e estuda as experiências com fotolivros em um momento marcado pela difusão de imagens em telas e mídias sociais. Em seu trabalho autoral, utiliza fotografias de arquivo familiar para explorar temáticas relacionadas a memória, amor, luto, identidade e ancestralidade.

@carolinaforleo

TANTAS PARTES DA MINHA VIDA AQUI

Débora Raya

Busquei na alma dos objetos a essência de pessoas que fizeram parte da minha vida, seja pela estreita convivência ou através das inúmeras histórias ouvidas. Eles são minha herança, não material ou genética, mas sim existencial. Assim, traduzi em frases ou palavras meu olhar, minhas lembranças e sentimentos em relação a cada uma dessas pessoas.

Este livro é dedicado à minha mãe, Adair, que me ensinou o poder da observação, a magia das cores e a falar com as nuvens.

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Vídeo sobre o processo do livro →

Especificaçõe técnicas
O Livro foi todo confeccionado em Cianotipia – processo de impressão fotográfica que produz uma imagem em tons azuis a partir de dois químicos fotossensíveis. A cianotipia foi criada em 1842 pela botânica e fotógrafa Anna Atkins e pelo cientista e astrônomo John Herschel.
Segundo Fabio Giorgi, pesquisador de processos fotográficos históricos, “a cianotipia é escrever com a luz”.
Formato fechado 20×18 cm / capa e contracapa em papel artesanal de fibra de Kozo e miolo em papel para gravura 100% algodão 250g e papel manteiga / encadernação com costura Copta folha solta.

Sobre a autora
Débora Raya é artista visual e não se lembra de uma única vez em que uma câmera fotográfica não a acompanhou por aí. Trabalha principalmente com processos alternativos de impressão como a cianotipia, monotipia, impressão botânica e fotografia e traz em seus trabalhos uma forma de revisitar a memória e os afetos através do seu olhar e da poesia das coisas. Com sua arte busca compreender a impermanência da vida e preencher os vazios. Formada em Publicidade e Propaganda pela PUC Campinas, com uma carreira em produção gráfica, traz suas experiências para a arte. Participou dos seguintes cursos; Extensão Artes Visuais na Unicamp [2018], Curso Olhar Criativo com Martinho Caires [2019], Grupo de Estudos em Cianotipia na Casa de Eva [2022], Grupo de Estudos do OPA (Oficina de Papel Artesanal) na Unicamp [2023], Oficina Poemas dos Arquivos [2023].
Exposições Coletivas: Papéis Artesanais, um olhar para processos e práticas coletivas no Ateliê Fêmea Fábrica [2023] e Do Encontro entre mãos, polpa e matéria na Biblioteca César Lattes na Unicamp [2023]. O que será que será? no Ateliê Casa [2023].

@deborarayam

Águas de Oriri

Eduarda Renaux

Água, Mãe Terra
Base da vida, fluída e profunda
Oscilante, escorre pelos dedos das mãos
Sua dança em marés, contrai e expande
Ambivalências da existência

Lugar de origem, nascentes e olhos d’Água
Que repousam em movimentos ritmados e sincronicos que transbordam em busca da luz

Mergulho de linguagem
Eterna pele molhada
Limiar inconsciente
Da semente que deságua
No oceano transcendental
De uma memória ancestral

Vídeo adicional →

Sobre a autora
Psicóloga de graduação, Psicanalista em (de)formação e Escritora em construção. Autora do livro artesanal “A Queda”. Percorre as trilhas da natureza e das letras. Pinta e borda na fantasia e na vida. Colhe e acolhe memórias.

@palavracolhida
www.palavracolhida.com

Recuperadora de Refugos

Everson de Andrade

Crescer em uma oficina de funilaria (ou lanternagem, dependendo da região do país) me ensinou que não há caso de perda total. Tudo pode ser reformado/reutilizado, tudo pode ter o seu uso ressignificado. Isso fez de mim uma espécie de acumulador que em seu acervo guarda a esperança de “não precisar comprar”, pois tenho isso “em algum lugar aqui”. Para alguém como eu, é uma felicidade quando precisamos de algo e sem precisar recorrer ao mercado encontramos algo que pode ser utilizado, isso gera um sentimento de satisfação como se estivéssemos driblando o sistema.

Recuperadora de Refugos é um livro de artista que se propõe a realizar essa prática de reutilizar e ressignificar um material que foi feito para um uso, cumpriu sua função e foi rejeitado, depois teve o uso ressignificado, foi novamente usado e outra vez rejeitado, até que neste trabalho uma terceira vida é dada neste trabalho. E qual será o próximo uso e significado que podemos dar a ele?

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Sobre o livro (PDF) →

Especificações técnicas
A obra é desenvolvida no tamanho A5, 40 páginas de tamanho diverso. Lombada costurada com presilha adaptada feita com um pedaço de lata de tinner, usado para diluir a tinta automotiva.

Sobre o autor
Filho de um potiguar com uma pernambucana, Everson de Andrade nasceu em São Paulo, 1989, mas cresceu entre as cidades de Vera Cruz e Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Estudou jornalismo na UFRN e design gráfico na UnP. Como fotógrafo recebeu, em 2017, o terceiro lugar do Prêmio Marc Ferrez de Fotografia do Sesc DF e em 2023 foi vencedor do Prêmio Lebenskunst. Também fez parte das exposições “Plastic” galeria LoosenArt, na Itália; “Fluxo Contínuo”, na galeria Margem-RN e “Modos de ver e modos de ser visto”, na Pinacoteca do RN. Alguns de seus trabalhos também foram selecionados em convocatórias de projeção como a”Imagens de uma guerra esquecida”, em Natal; “Fotografia, Amor e Luta”, da revista Old-SP; Noites Solares, Solar Foto Festival-CE e Desgaveta, Beyra Festival-SP.
Seu fotolivro Cidade Abaixo: Memórias de um esquecimento foi selecionado nas convocatórias Espaço do Livro, Pequeno Encontro-PE, Revista Zum, IMS-SP e Miradas Al Fotolibro-Mex.
Em 2023 recebeu o prêmio Lebenskunst de Fotografia.
Sua produção fotográfica transita entre a fotografia documental, ficção e performance fotográfica com trabalhos como Imagens de uma guerra presente, Cidade Metade, Cidade Abaixo, Onde o samba tomou a cidade, entre outros.

@eversonandrad

Praça

Hélio Mattos Jr.

PRAÇA surge de incursões pelas escrita encontradas na Praça Costa Pereira, no centro de Vitória. 

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Sobre o livro (PDF) →

Especificaçõe técnicas
Impresso em off set, em papel de 150g/m2, no formato de 32x45cm quando dobrado e fechado, tendo cada folha aberta 64x90cm. No verso de cada folha são carimbados título e texo. 

Sobre o autor
Interessado em errâncias, tanto por ruas, becos e beiras, quanto por papéis, telas eletrônicas e rabiscos. Sobras, restos, sombras. Esquinas, dobras, bordas. Recortes, colagens, gravuras. Fotos, pixels, grãos. Rasgos, ritmos, ruídos.
Transitando sem rumo definido pela cidade e por meios de expressão, encontrei no livro de artista uma possibilidade de construir sentidos pelo virar de páginas com as mãos, pela sequência de imagens e escritas.
Em 2023, concluí “Olhar a cidade me acalma – re-corte (((olho-ilha)))”, fruto da pós-graduação Caminhada como método para a arte e a educação, concebida e coordenada por Edith Derdyk, com Luiz Roberto Lima Barbosa como assistente de coordenação, n’A Casa Tombada.
No mesmo ano, participo da exposição “Cantos da cidade” do coletivo Ignição, na galeria Objectos do Olhar, em São Paulo, com duas serigrafias intituladas Re-Canto.
Ainda em 2023, retorno ao livro de artista na sexta edição do Dobras de Si, com orientação de Ana Francotti, Estela Vilela, Leandro Gutum e convidados, com novas experimentações e trocas, em que vivencio no grupo tanto o mergulhar em mim quanto o estar permeável aos processos, histórias e expressões de cada um.

@heliomattosjr

Relembranças

Kelly Saraiva

O Trabalho é resultado de uma pesquisa realizada com objetos de memória, de um acervo pessoal, que trazem valor sentimental grandioso, e buscando alternativas de como acomodá-los no espaço de minha moradia atual.
Ao enxergar nos objetos sua utilidade e sua beleza estética despertou o interesse de criar processos de criação que trouxesse esses objetos para perto, foram feitos ensaios de livro de artista com documentações, plantas, papéis, fotos, todos relacionados com a arquitetura das duas residências. E ao fazer interferência na planta baixa das residências, veio então a questão de imprimir as plantas em escala, na Impressora 3D. Deste modo ao explorar essas impressões se pensou em reproduzir os objetos de memória.
As Gravuras destas placas vieram, pensando a utilização da tecnologia em contraponto ao trabalho manual.
Deste modo organizadas as placas a serem impressas em Impressoras 3D e as gravuras feitas por essas placas, foi feito um display para a exposição dessas placas, e uma dobradura que guardasse e ao mesmo tempo pudesse ser usada como expositiva para acondicionar essas gravuras.

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Sobre o livro (PDF) → 

Especificações técnicas
– 1 Display em madeira tamanho 4,8 x 16 x 3cm
com 6 encaixes de 4mm cada com uma caixa de acrílico com espessura de 3mm e medindo 11 x 16 x 4,8 cm
– 6 Placas impressas em impressoras 3D tamanho medindo 13 x 9,5 cm cada
– 1 Dobradura Accordion da Hide Kyle em papel Colorplus Los Angeles preto 80 g/m² tamanho 9,7 cm x 12,7 cm x 4mm
– 6 Gravuras em papel Canson C à graim 224 g/m² branco
Gravadas com tinta Guache Talens Cores: Magenta, Ciano, Terra Siena
Tinta Sakura Poster Color: Fluorescent Lemon

Sobre a autora
Kelly Saraiva, nascida em Curitiba, é Artista Visual, Arte Educadora e Fotógrafa. Encontrando sua expressão nas Artes Visuais.
Possui Licenciatura em Artes Visuais pela Faculdade de Artes do Paraná, Graduação de Superior em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, e também Pós Graduação em Poéticas Visuais nesta mesma Instituição. Em andamento Mestrado na área de Processos criativos e educacionais pela Instituição Unespar.
Desde então Participou de algumas exposições como o Salão de Paranaguá 2009 (PR), Exposição Individual Reflexos no Sesc Água Verde, 2010 (PR), Exposição Te encontro no Guido, no Centro de Capacitações Guido Viaro, 2011 (PR), Exposição Coletiva Retrovisores no Sesc da Esquina, 2011 (PR). 6ª Mostra de Paranaguá na Casa de Cultura Monsenhor Celso, 2014 (PR), Salão Graciosa, no Graciosa Country Clube 2014 (PR), Exposição Projeto de Reflexo, no Instituto Mirtillo Trombini, 2015 em Morretes (PR). Exposição Coletiva de Pós Graduação em Poéticas Visuais, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, 2016 (PR), Exposição Individual Série de Reflexos, na Fundação Cultural de Curitiba 2017 (PR).
Sempre transitando entre os limites entre fotografia, pintura e gravura, abordando a estrutura de criações híbridas e interdisciplinares, por meio de temas como o Reflexo, a Memória, o Objeto, a Afetividade e o Espaço.

kellyembap@hotmail.com

FinisTerra

Lídice Salgot

FinisTerra significa ponto extremo, fim.
Ancestralidade é um tema que vem ao encontro da minha poética nos últimos anos – memórias editadas – especialmente na produção de livro de artista.
Em FinisTerra conto um pouco da história dos ascendentes – das origens e da saída deles da Península Ibérica até o Brasil – através de desenhos, trajetos, mapa, fotografias familiares, documentos e muitas camadas e transparências com o intuito de marcar a passagem do tempo.
A ancestralidade – através dos descendentes – é pequena porque as maiores características da família são poucos filhos ou únicos, celibatários e algumas mortes prematuras.
Nesse momento sou a última desse pequeno núcleo familiar e não deixo descendentes.

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Especificações técnicas
Livro de artista com reproduções de fotografias familiares, documentos, desenhos a nanquim e mapa da Península Ibérica referente a época da invasão moura (imagem da internet) impressos em papel vegetal/laser film 90/95 g. Encadernação de 3 furos com linha branca encerada.
Dimensão: 28,3 X 21 cm (fechado) – 28,3 x 42 cm (aberto) 
Páginas: 68
Edição única (PA)
2023

Sobre a autora
Lídice Salgot – natural de Piracicaba, onde vive e trabalha.
Formada em Publicidade – FAAP – Faculdade de Comunicação, em 1975 – São Paulo (SP). Trabalhou de 1974 a 2007 em agências de propaganda e empresas de comunicação na área de mídia, em São Paulo. Atua nas artes visuais a mais de 30 anos, proprietária e gestora do espaço Casa do Salgot ateliê cultural, em Piracicaba, com exposições regulares de 2007 a 2016 – atualmente apenas ateliê.
Desde 2017 faz parte do Grupo de Estudos “Livros de artista, livros objetos: entre vestígios e apagamentos” que acontece na Casa Contemporânea – com orientação de Fabiola Notari. Em 2022 participou do Curso Tatuí de Publicação / 7ª Turma, iniciativa da Banca Tatuí / Lote 42. E em 2023 na edição VI de Dobras de Si com orientação de Ana Francotti, Estela Vilela, Leandro Gutum e profissionais convidados da área de livro de artista. Já participou de inúmeras exposições coletivas e 2023 fez a primeira exposição individual “Memórias Editadas” na galeria da Bauhaus Piracicaba (SP). E lançou a primeira publicação – Meu amor com tiragem de 100 exemplares.

@lidicesalgot
www.facebook.com/lidice.salgot

REENCONTRO

Lucia Adverse

Esse trabalho me proporcionou um encontro comigo mesma, para além do aspecto físico, mas um aprofundamento maior no meu ser interior, na minha alma. As radiografias são vestígios deixados pelo tempo. Todos temos uma identidade singular, cabe a nós reconhecer e aproveitarmos para ampliar nosso conhecimento.

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Sobre o livro (PDF) →

Especificaçõe técnicas
– Fotografias impressas a laser em lâminas de acetato (0,15mm), em formato A4 e/ou A5.
– Ainda não definido o número total de lâminas para o livro
– Radiografias originais, refiladas em diversos tamanhos.
– Os acetatos foram perfurados com o diâmetro de 6mm.
– Foram incorporados ganchos de cortinas e argolas articuláveis de metal. Diâmetro argola: 3cm

Sobre a autora
Lucia Adverse nasceu em Belo Horizonte, 1967.
Formação: Pedagogia, UFMG – 1994; Design de Interiores (conclusão em 1998) e Fotografia (2007), ambas na Escola Panamericana de Artes em São Paulo.
Trajetória: Desde 2010, é representada pela galeria Ricardo Fernandes na França, participando de diversas exposições individuais e coletivas desde essa época, como também de feiras de arte nos EUA, China e
Europa. Suas obras estão em algumas coleções particulares e instituições museológicas:
– Museu Inimá de Paula (BH – MG – Brasil)
– Maison Européenne de la Photographie (MEP) Paris, França
– Bibliothèque Kandinsky – Centre George Pompidou, Paris, França
– Bibliothèque Nationale de France BNF, Setor Fotografia Contemporanea, Paris, França
Fazem parte da pesquisa da artista, assuntos como arquitetura, natureza, movimentos artísticos e atualmente sua atenção maior tem sido em torno da temática feminina e seus desdobramentos. Desde 2021, desenvolveu um interesse por intervir sobre as fotografias, suporte que anteriormente era o principal elemento das suas obras.

@luciaadverse
www.luciaadverse.com.br

Água

Luciane Kunde Borges

Esse livro é sobre o céu, sobre a nuvem, sobre a água e nuvens são água é para manusear e criar composições.

Ao dar o título, descobri ser sobre a água. Imprescindível à vida e ao processo de fazer papel. Aqui o seu protagonismo é ainda maior, porque ela empresta e imprime seu gesto à polpa, impulsionada pelo movimento das mãos. Esse contato é possível por causa da técnica denominada pelos estadunidenses como pulp painting, na qual a polpa é utilizada como material pictórico. A imagem é formada simultaneamente à confecção da folha de papel.
“é como se a água fosse a tela e a polpa fosse a tinta”

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Especificações técnicas
Pulp painting, fibra de bananeira, línter de algodão e corante azul, 50 x 50 cm, 2024.

Esse livro foi produzido a partir de papel artesanal feito pela artista, com fibra de bananeira, corante de tecido e línter de algodão.

São mais de 30 folhas soltas medindo 15 X 13 cm, em uma superfície de madeira medindo 50 X 50 com recortes paralelos. Tais recortes permitem a manipulação das folhas, que podem ser trocadas de lugar. Durante esse processo acontece uma experiência tátil com o papel.

Sobre a autora
Luciane Kunde é artista, pesquisadora e educadora. Participou das exposições: ‘Efêmeras’ (PROAC, Campinas 2021), ‘Habitar o Ar’ (Campinas 2021), ‘Água, polpa e matéria’ (individual online, Galeria do Instituto de Artes Unicamp, 2021), ‘Memória, lugar y paisaje. Una lectura gráfica’ (Colômbia 2019), ‘Página Viva!’ (Casa das Rosas, São Paulo, SP, 2016).
É mestre em Artes Visuais (Unicamp, 2023) e pesquisa o papel artesanal como próprio recurso expressivo. Enxerga processo e matéria como elementos da criação artística.
Desenvolve projetos artísticos autorais e ministra oficinas livres de papel artesanal. É professora da OPA (Oficina de papel artesanal) que acontece no Instituto de Artes, na Unicamp. É membro da IAPMA, associação mundial de artistas pesquisadores em papel.

@lukundeborges

Prelúdio

Priscila Asche

Movida pelo desejo de habitar atmosferas que revelem a linguagem em seu estado de alma, exercito a prática da redução para que os significados deem lugar às sensações, ao silêncio e à potência do vazio. Prelúdio é um campo aberto de possibilidades, um sinal do que pode, ou não, vir a ser; uma tentativa de sustentar um presente expandido em formato de livro. Inspirada em antigas publicações chinesas, a estrutura maleável de páginas em camadas sobre um papel de larga extensão não pretende estabilizar o suporte e nem a capacidade imaginativa de quem o lê

Fotos: Tiago Baccarin

Especificações técnicas
Papel de bananeira, papel japonês e madeira balsa
297 x 50 cm (aberto)| 50 x 7 cm (fechado)
40 páginas
Edição única

Sobre a autora
Priscila Asche (São Paulo, 1989) é artista visual e pesquisa a escrita como ponto de partida para o desenho e a prática criativa. Explora caminhos plásticos que ressaltam correlações entre diferentes linguagens e percepções abstratas da passagem do tempo. Sua pesquisa busca reaproximar a escrita da ideia de uma manifestação corporal sensibilizada pelos afetos, pelo estado de espírito e pelas sensações do instante. Realizou a exposição individual Ideogramas Sonoros: novos caminhos entre as linguagens (2022) e participou das mostras coletivas LABios: um meio mais que humano se tece entre nós (2023, Sesc Santo Amaro) e NA PLANTA, junto com mais de 30 artistas independentes (São Paulo, 2023).

@priasche
www.pasche.com.br

Sobre o curso Dobras de Si

Dobras de Si é um curso livre de livro de artista, 100% online, que oferece orientação para a concepção de obras individuais no formato de livros, além de uma exposição coletiva virtual e presencial.

É orientado por Ana Francotti, Estela Vilela e Leandro Gutum, além da participação de convidados importantes da cena do livro de artista. Sua metodologia é planejada de forma a oferecer uma série de recursos práticos e teóricos, dentro de um cronograma projetado para nutrir a realização de trabalhos autorais que utilizem o livro como suporte.

Nossa próxima edição está prevista para o segundo semestre de 2024, caso tenha interesse em participar, preencha nosso formulário, e conheça também o site da última edição.

Acompanhe as novidades pelo Instagram @dobrasdesi.

© 2024 exposição (entre)tempos – Dobras de Si